terça-feira, 16 de novembro de 2010

Juca do Lele ou Lelé do Juca

Me surpreende a cada dia a qualidade dos nobres edis da querida Cambuí. Com rara exceção, alguns ali ainda não entenderam a importância do cargo e da posição que ocupam, principalmente um: Airton Lopes (DEM). A cada sessão ordinária me sinto envergonhado de tê-lo como meu representante. O fato final foi dado na noite desta terça-feira, 16 de novembro.


A reunião transcorria normalmente quando foi lido o Projeto de Lei 57/2010, que regulariza o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de Cambuí. O objetivo é criar uma comissão que avalie as principais atividades culturais e prédios históricos para que os mesmos sejam conservados e, com isso, a memória da cidade seja preservada. Em seguida, foi votado o PL 58/2010, que cria o FUMPAC - Fundo Municipal do Patrimônio Artístico e Cultural de Cambuí, que irá gerir os recursos destinados pelo Governo do Estado, via ICMS Cultural.


Tudo isso é benéfico para o município que, além de preservar a história também terá recurso para a realização de ações que visem aprimorar a área cultural, já que 70% dos recursos vão para atividades culturais e os outros 30% para a conservação do patrimônio histórico.


Aí veio o bate-boca.


Ele cobrou dos colegas vereadores que o projeto deveria ser melhor estudado, porque poderia causar preocupação na população e a mesma deveria ser ouvida. Até aí, tudo bem. Também concordo que a população deveria participar mais, mas...


O que deixou a todos os vereadores perplexos e a quem assistia na plateia foi o fato dele questionar o tombamento dos prédios históricos, sob a alegação de que "as pessoas precisam morar nas casas e não pode ir tomando delas assim. Tem que pagar algo para elas".


A vereadora Roseli Moraes (PSDB), uma das mais sensatas (senão a mais) da casa, tentou explicar, em vão, o que é tombamento, que é simplesmente a proteção ao conteúdo artístico do imóvel, mantendo suas características tradicionais e que a pessoa não perde o imóvel, como ele diz. Não é uma desapropriação, onde o governo municipal entra com um Projeto de Lei e toma o imóvel. Ainda: o proprietário fica isento de pagar IPTU, como contrapartida da Prefeitura.


Em vão.


Ele ainda insistiu e disse que "para mim tombamento é outra coisa". O vereador praticamente quis alterar o vocábulo brasileiro, recriando o termo tombamento. Mais aí vai o pior: depois de tanto criticar, o nobre vereador votou a favor dos projetos. Incoerência ou loucura? Seu nome é Juca do Lele, mas, na verdade, deveria se chamar Lelé do Juca....

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Reunião debate (in)segurança pública de Cambuí

Foi uma bela iniciativa da Associação Empresarial de Cambuí e Câmara de Dirigentes Lojistas realizar uma reunião, na manhã de sexta-feira, 29, envolvendo empresariado, comerciantes, autoridades políticas e militares. A ideia era expor os problemas de (in)segurança pública que vem ocorrendo no município. Onda de assaltos, furtos, tráfico de drogas e prostituição infantil, além de outras coisas.

Todos tiveram a oportunidade de falar. Reclamaram, com razão, de que falta um policiamento mais ostensivo por parte da PM, que é a responsável por isso. O que é fato! É difícil ver, principalmente a noite, uma viatura fazendo patrulhamento. Até porque o efetivo é reduzido (e muito!). Geralmente só dois ficam responsáveis pela cidade toda, o que não é viável.

A Polícia Civil se defende dizendo que também tem um baixo número de investigadores (apenas três), sendo que eles também tem que se revezar para atender as cidades de Bom Repouso, Senador Amaral e Córrego do Bom Jesus, que fazem parte da Comarca. Mas, mesmo assim, se esforçam e acabam virando turnos, plantões e fazendo apreensões, como feito no dia 26 (veja em http://www.jornalgazetadovale.com.br).

Já a Prefeitura Municipal diz que vem fazendo a parte dela, auxiliando a PM e a PC financeiramente, na manutenção dos veículos, alugueis das casas e cessão de funcionários para realização de trabalhos internos. Mas ela pode interceder junto ao Governo do Estado (já que dizem que têm um bom trânsito lá em cima) para que reforce o efetivo e explique a situação em que vivemos.

E tudo isso veio se acumulando e estourou com o assassinato de uma traficante em plena praça pública. Aí o 'balaio explodiu' e algumas ações foram feitas. Porém, a sociedade quer uma resposta enérgica das autoridades. Vivemos com medo de sair às ruas e deixar nossas casas desguarnecidas. Basta de violência! É hora da ação!

A (in)segurança nossa de cada dia

Já é sabido por parte da população cambuiense o fato ocorrido na noite de sábado, 23 de outubro, em plena Praça Maximiano Lambert, no Centro. Para quem não soube, o jornal Gazeta do Vale traz dados sobre o acontecido.

O ato foi o ápice da violência que vem se desdobrando nos últimos meses na cidade. Furtos, assaltos, prostituição, tráfico de drogas e outros males que vem afligindo a sociedade. O que antes era visto apenas na TV, nos programas policiais, está mais próximo do que se imagina. E isso vem gerando uma insegurança no cidadão.

Para coibir isso, as polícias Militar e Civil agiram para tentar prender os culpados. Mas não é tão fácil assim. Apesar do trabalho árduo da equipe de investigação, a falta de informação ainda é bastante latente. Talvez o medo iniba o cidadão de prestar esse serviço.

O fruto deste trabalho foi a presença de mais patrulhamento durante toda a semana na cidade e a apreensão de armas e drogas, juntamente com a prisão de um indivíduo. Mas ainda é pouco. O medo ainda reina, principalmente no comerciante, que vive sob o risco de ser assaltado em plena luz do dia, como aconteceu recentemente com um proprietário de casa lotérica.

Uma série de reuniões entre população e órgãos responsáveis pela segurança pública vem acontecendo. O debate tem sido amplo, mas ainda falta uma ação mais enérgica. E é isso que a população cobra dos responsáveis: que ajam o mais rápido possível, senão ficaremos nós presos em casa e os verdadeiros bandidos à solta nas ruas.

Luís César Fonseca - publicado no Jornal Gazeta do Vale, edição 118 - Editorial

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Eleições 2010 - Aborto, o tema da vez...

Como estamos em época de eleição, o segundo turno se aproximando, me sinto na responsabilidade de repassar o conteúdo recebido por email sobre a questão do aborto. O Serra acusa Dilma, mas na verdade, foi ele que, quando Ministro da Saúde, promoveu a implantação do sistema na rede pública. Veja o conteúdo:


É para usar o aborto na campanha? Ministro Serra autorizou muito aborto.

Usar o aborto na campanha pode ser um perigo
Saiu no Blog Amigos do Presidente Lula, que a dra Cureau quis calar:

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Serra é o único candidato que já assinou medidas para fazer ABORTOS no SUS, quando ministro da saúde


Isso não é boato, é fato, está documentado abaixo. Repasse essa verdade adiante, em suas listas de email, nas redes sociais, responda a quem criticar Dilma sobre o assunto, imprima e mostre a amigos, na igreja, para recolocar esse assunto no seu devido lugar.


Para o eleitor votar consciente (seja a favor ou contra) e não ser enganado, a primeira verdade que precisa saber é:


O único candidato a presidente nestas eleições que já assinou medidas para fazer abortos foi José Serra (PSDB), quando foi Ministro da Saúde, em 1998.


Ele assinou norma técnica para o SUS (Sistema Único de Saúde), ordenando regras para fazer abortos previstos em lei, até o 5º mês de gravidez.

A íntegra da norma pode ser lida aqui: http://www.cfemea.org.br/pdf/normatecnicams.pdf


Abaixo, alguns trechos da Norma:


“A garantia de atendimento a mulheres que sofreram violência sexual nos serviços de saúde representa, por conseguinte, apenas uma das medidas a serem adotadas com vistas à redução dos agravos decorrentes deste tipo de violência. A oferta desses serviços, entretanto, permite a adolescentes e mulheres o acesso imediato a cuidados de saúde, à prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e à gravidez indesejada.“


“As equipes envolvidas diretamente na assistência deverão receber treinamento sobre o atendimento humanizado às mulheres que poderão ser submetidas à interrupção da gravidez. Os médicos deverão, além disso, ser treinados para a utilização das diferentes técnicas recomendadas para a interrupção da gestação.“


“Esse atendimento deverá ser iniciado por ocasião da primeira consulta, devendo estender-se a todo o período de atendimento à mulher e após a interrupção da gravidez“


“…se a mulher estiver grávida ou suspeitando de gravidez, deve-se identificar claramente a demanda trazida por ela, focalizada nos seguintes aspectos: identificação do desejo de interrupção da gravidez ou não, discussão a respeito dos direitos legais já garantidos à mulher, existência de valores morais e religiosos que possam determinar ou influenciar a decisão da mulher e a discussão de alternativas à interrupção da gravidez, como a entrega da criança para adoção, a realização de pré-natal etc.“


“VI. ATENDIMENTO À MULHER COM GRAVIDEZ DECORRENTE DE ESTUPRO

Esse atendimento deverá ser dado a mulheres que foram estupradas, engravidaram e solicitam a interrupção da gravidez aos serviços públicos de saúde.“


“Procedimentos para a interrupção da gravidez

O procedimento deverá ser diferenciado, de acordo com a idade gestacional.

I. Até 12 semanas, podem ser utilizados, para o esvaziamento da cavidade uterina, os dois métodos identificados a seguir.

1. Dilatação do colo uterino e curetagem

2. Aspiração Manual Intra-Uterina (AMIU)“

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Momento de saudosismo

Na semana em que comemoramos o Dia das Crianças resolvi homenagear a minha turma de pré, na época de Escola Estadual Dr. Carlos Cavalcanti. O ano é 1986 e esta é a tradicional foto de final de ano. Muitos destes hoje são profissionais formados e trabalhando na nossa querida cidade.

E hoje? Qual a perspectiva e expectativa de nossos adolescentes e jovens? Será que buscam um melhor para si? O município oferece condições para isso? A falta de estrutura da educação em Minas Gerais é uma das mais vergonhosas do país. Professor finge que ensina, aluno finge que aprende e o estado finge que paga. Esta é mais uma dura realidade dos governos tucanos. Cambuí é exceção, pelo menos por aqui, a educação municipal funciona muito bem!

Um novo olhar sobre a realidade

Amigos cambuienses.

"Salve Cambuí,
terra querida.
A nossa vida
será por ti". (trecho do Hino de Cambuí, de autoria de Levindo Furquim Lambert)


Cambuí é uma cidade de médio porte, com aproximadamente 27 mil habitantes, localizada no extremo sul de Minas Gerais. É um município acolhedor, com um povo que sempre recebe bem os visitantes, o que faz com que eles acabem ficando e criando raízes aqui.

Cambuí tem na agricultura sua principal vocação, se bem que a parte industrial vem sendo desenvolvida e, com isso, alavanca o comércio. Por ser polo, a cidade recebe visitantes de Bom Repouso, Senador Amaral, Córrego do Bom Jesus, Estiva, Consolação e Camanducaia, que aqui vêm para fazer suas compras.

O turismo vem sendo desenvolvido, a passos lentos, mas vem. Apesar que algumas pessoas ainda não crêem nisso, este poderá ser um objeto necessário para uma grande melhora da cidade. Os próximos passos serão uma maior revitalização de pontos turísticos como o Morro do Cruzeiro e a Matinha Municipal.

Mas, como em toda cidade em franco crescimento, Cambuí já possui sérios problemas. Infraestrutura, organização, investimentos, obras... a cidade está literalmente parada! Ruas imundas, trânsito caótico, má sinalização e alguns desmandos da atual administração fazem com que o município ande para trás.

O objetivo deste blog é divulgar, com liberdade de expressão e opinião, as diferentes visões sobre o que acontece nesta querida cidade, considerada "o pedaço mais feliz do sul de Minas".

LUÍS CÉSAR FONSECA